sábado, 23 de maio de 2020

O desenvolvimento de métricas de negócios, processos e a mensuração dos resultados

O desenvolvimento de métricas de negócios, processos e a mensuração dos resultados com relação a elas oferecem vários benefícios para a gestão de uma empresa.

Por um lado, as métricas vão ajudar você a traçar um caminho estável e claro para sua empresa e por outro, há de se considerar que em todos os mercados e segmentos, existem outras métricas de modo que as circunstâncias mudam.

É tentador reagir impulsivamente ou emocionalmente, no entanto, com dados e números em “preto e branco”, você pode tomar decisões mais racionais e precisas acerca de como proceder para todos os tipos de gestão.

Aqui estão alguns exemplos de situações que podem se desenvolver repentinamente. Imagine-se então, como tendo métricas sólidas implementadas pode ajudar a determinar como reagir a esses eventos:

• Um concorrente reduz seus preços.

• Novas tecnologias mudam a maneira como você oferece seu serviço.

• Os regulamentos governamentais mudam e seu produto principal não está em conformidade.

Simplificando, as empresas que prestam atenção às métricas são capazes de identificar problemas e oportunidades primeiro. Monitorar e agir adequadamente, de acordo com as mudanças nas métricas do negócio, é a chave para o crescimento e o sucesso consistente do mesmo.

Mas, como você sabe o que medir?

Leia na integra, clique aqui.....

Autor: João F. Amancio de Moraes - AQC. 
Postado no site www.consultor.com.br em 21/5/2020

Conheça os 4 inimigos da produtividade para quem quer mais tempo

@Pinterest
Atitudes simples podem estar te impedindo de ser tão produtivo quanto deseja. Saiba como aumentar a produtividade com quatro dicas da mentora Marcele Policarpo (2 min de leitura)

Por Mattheus Goto com Stéphanie Durante - 21 Mai

Você tem a sensação de que todo mundo a sua volta, seja em seu círculo de amigos ou nas redes sociais, está conseguindo ser super produtivo? Não se sinta mal e comece a se conscientizar sobre suas atitudes para que você consiga alcançar sua meta de produção, seja para atividades pessoais, educacionais ou laborais.

Segundo a mentora de produtividade Marcele Policarpo, cada minuto é valioso e a boa gestão de tempo pode refletir de forma positiva na nossa vida. Ela pontua os quatro inimigos que podem estar te impedindo de ser tão produtivo quanto deseja.

Veja as causas e dicas, clicando aqui...

segunda-feira, 18 de maio de 2020

Construindo uma Cultura Colaborativa de Melhoria Contínua

Imagem: Wordpress.com
A necessidade de um processo colaborativo e organizacional é comumente citada como um desafio fundamental para melhorar a gestão de melhroria contínua de um empresa. Problemas tecnológicos podem ser resolvidos, mas a chave para a melhoria contínua está com os colaboradores.Todas as funções organizacionais têm objetivos e metas que precisam ser alcançadas. Como se garante
que, em última análise, as metas serão alcançadas, com abordagens alinhadas, apesar das diferentes metas de cada departamento?

Identifique - Avalie onde você está em sua jornada de gestão de performance. Procure oportunidades e lacunas dentro de sua organização através das lentes dos colaboradores, processos e ferramentas. Qual é o maior impacto na organização? Examine o estado atual e o estado futuro desejado. Por meio desse processo, áreas de ação crítica podem ser identificadas e priorizadas.

Avalie - Defina planos estratégicos e táticos. Avalie o que precisa ser feito para fechar as lacunas e o resultado em  conquistas rápidas (Quick Wins) - por exemplo, "uma falta de cooperação entre manutenção e operações, e nenhuma divisão clara nas responsabilidades". Trabalhe para melhorar os processos de solução de problemas e remover a ambiguidade departamental. Concentre-se na transparência de dados através da organização para que as decisões ideais possam ser tomadas.

Implemente - Equipe as pessoas com habilidades de pensamento crítico e resolução de problemas usando análise de causas básicas. Treine-os para pensar e agir de forma independente e empregar o  gestão visual para comunicar problemas e questões de forma clara e compreensíveis. Desenvolva um repositório de conhecimento onde o conhecimento e o conteúdo de solução de problemas possam ser armazenados e acessados em toda a organização. Crie especialistas interno em metodologias de Melhoria Contínua para orientar, treinar e garantir mudanças comportamentais sustentadas.

Quantifique - Meça os impactos operacionais da sua estratégia de melhoria de performance. As métricas podem incluir:
• Redução dos custos de produção e perda de qualidade
• Redução do tempo de inatividade de mão de obra e/ou de equipamentos
• Redução dos custos das peças de reposição
• Tempo médio mais longo entre as falhas (MTBF)
• Redução do tempo médio de reparo dos equipamentos (MTTR)
• Aumento do rendimento de um processo (FPY)
• Aumento do rendimento geral (throughput time)
• Atividades de manutenção ineficazes
• Eventos planejados de manutenção realizados na data correta
• Correlação entre histórico operacional, de manutenção e da vida útil dos equipamentos
• Dados de desempenho da produção e das manutenções compartilhados, resultando em metas alinhadas.

Nós,da AQC podemos suportar sua empresa na implementação e no treinamento de equipes de alta performance, desenvolvendo a cultura colaborativa de melhoria dentro da organização como um todo.



8 transformações que a pandemia irá causar na força de trabalho

(Foto: Claudio Schwarz/Unsplash)
A crise de saúde global causada pelo novo coronavírus vai alterar a percepção da geração Z sobre trabalho, empregadores e educação
4 min de leitura

REDAÇÃO: Revista PEGN; Globo.com; 15 MAI 2020

Maior dependência da tecnologia, novas formações acadêmicas e início precoce na carreira são algumas das mudanças esperadas na força de trabalho do futuro. A pandemia do novo coronavírus tem transformado nossas vidas de muitas formas, impactando diretamente a relação com as pessoas, a tecnologia e o trabalho. Reuniões virtuais, aulas online e a telemedicina tornaram-se parte da rotina em tempos de isolamento.
O fim da crise e o retorno ao “normal”, contudo, não se darão sem mudanças permanentes na educação, no trabalho e na indústria — em especial para a geração Z (aqueles que nasceram depois de 1998).

Em artigo publicado no portal Entrepreneur, Ryan Jenkins, cofundador da SyncLX.com, listou 8 mudanças que essa geração vai viver — e causar — no mercado de trabalho:

1. Dependência ainda maior da tecnologia
O distanciamento social, necessário para frear a transmissão do novo coronavírus, faz com que o mundo tenha de recorrer às plataformas digitais para que todos se mantenham conectados — afetando inclusive as gerações anteriores que, em alguns casos, viram-se obrigadas a se adaptar. Assim, o uso das novas tecnologias no trabalho será ainda maior no futuro.

2. Formação acadêmica fora do convencional
Devido à crise, 290 milhões de estudantes ao redor do mundo foram impactados pelo fechamento das escolas. Com isso, professores se viram em uma situação totalmente nova, tendo de ministrar aulas virtualmente  — nos Estados Unidos, 70% deles nunca haviam lecionado nessa modalidade. Os estudantes, por outro lado, vivem uma experiência em muitos casos desejada, já que 62% da geração Z escolheria não ter uma formação universitária, mas possuir acesso ilimitado à internet, a viver uma situação oposta. Além disso, apenas 26% da geração Z entende a formação como barreira para o sucesso no trabalho e 90% dos empregadores afirmam que estão mais abertos a aceitar candidatos não tradicionais, que não tenham se formado na faculdade. Com as antigas percepções a respeito da educação superior perdendo força para estudantes, pais e empregadores, a mão de obra do futuro terá formações acadêmicas não convencionais, como as “micrograduações” (nanodegrees), certificações e portfólios digitais.

3. Carreiras iniciadas mais cedo
Como está cada vez mais fácil encontrar alternativas à faculdade, a geração Z pode trocar a educação superior pelo trabalho em empresas que ofereçam oportunidade de aprendizado e desenvolvimento semelhantes. Aliás, 62% da geração Z está aberta à ideia de entrar no mercado de trabalho antes de terminar a faculdade, de acordo com o livro Generation Z: A Century in the Making, dos autores Corey Seemiller e Meghan Grace.

4. Valor aprimorado na aprendizagem e desenvolvimento
Com a entrada precoce no mercado de trabalho ou com uma formação não convencional, a geração Z buscará empregadores que ofereçam o treinamento necessário para que eles desenvolvam habilidades como as chamadas hard e soft skills. Oitenta e quatro por cento dos americanos afirmam que suas carreiras seguirão caminhos muito diferentes daqueles trilhados por seus pais. Assim, empregadores que entreguem uma experiência de aprendizagem que a geração Z realmente aprecie e aplique na prática saem na frente na conquista da força de trabalho do futuro.

5. Nova visão sobre os empregadores
Se antes da crise vida e trabalho já se misturavam, agora, isso acontece de forma nunca vista. Por causa da tecnologia móvel, leva-se mais trabalho para casa e mais assuntos pessoais para o trabalho. Para a geração Z, vida e trabalho estão em harmonia. O ambiente de trabalho do futuro não é onde o trabalho acontece — é onde a vida acontece. Espere que a geração Z veja os empregadores como uma comunidade de apoio, bem-estar e educação.

6. Caminhos diferentes na carreira
A geração Z está interessada em diversificar sua fonte de renda: 53% dos jovens dessa geração preferem o “gig job” — novas formas de trabalho, baseadas em empregos temporários ou freelancers — ao trabalho em tempo integral. Quarenta e seis por cento deles já trabalham nesse novo modelo.
Com a redução da necessidade de trabalhadores em tempo integral e o gig work se tornando mais acessível e lucrativo, espere caminhos de carreira diferentes tornando-se mais comuns no futuro.

7. Crescimento da demanda por líderes com inteligência emocional
A geração Z, além de estressada e ansiosa, é também a mais solitária. Mais da metade dos jovens dessa geração se identifica com 10 dos 11 sentimentos associados à solidão. Os mais comuns são a sensação de que as pessoas próximas não estão com eles de verdade (69%), a timidez (69%), e o sentimento de que ninguém os conhece realmente (68%). Após esse período de incertezas e isolamento social, a geração Z vai crescer a partir da conexão, da segurança e da empatia proporcionadas por líderes emocionalmente inteligentes.

8. Maior unidade global
O número de jovens da geração Z que se identificam mais como cidadãos globais do que como cidadãos de seu próprios países, hoje em 42%, provavelmente vai crescer, levando-se em conta que dificuldades compartilhadas unem as pessoas  — e que essa população está vivenciando, junta, uma crise de saúde global. A força de trabalho do futuro vai ter um senso maior de união global e, como resultado, vão exigir mais diversidade e inclusão de seus empregadores e líderes.

sexta-feira, 15 de maio de 2020

Liderança situacional


Vamos falar um pouco sobre liderança? Mais especificamente, sobre Liderança Situacional?

Então, farei aqui um brevíssimo resumo sobre esta metodologia.

A liderança situacional enfatiza, entre outras coisas, a importância da capacidade de diagnóstico do líder em influenciar as pessoas, ou mesmo sobre sua capacidade e eficiência  em adaptar seu estilo comportamental em relação às necessidades dos seguidores e das situações que se apresentam.
Este é o diferencial desta teoria. A liderança situacional mostra uma relação entre liderança, motivação e poder, em que o líder estará freqüentemente avaliando seus colaboradores e alterando seu estilo de liderança, sendo ela dinâmica e flexível. A liderança situacional busca utilizar modelos diferentes de atuação conforme a situação encontrada.

Como as situações não são constantes, o uso de um estilo apropriado do comportamento da liderança é um desafio para quem quer se considerar um bom líder e se tornar efetivo.

Se as habilidades e os motivos das pessoas que estão subordinadas a ele são bem variáveis, o líder deve ser sensível no diagnóstico, sentindo e apreciando as diferenças encontradas. Em outras palavras, os gerentes devem ser capazes de identificar a realidade de seu ambiente e de seu grupo de trabalho.

Mas, mesmo com boas habilidades de diagnóstico, os líderes não serão mais eficazes se não souberem como adaptar seu estilo de liderança às demandas do meio.

O líder deve ter a flexibilidade pessoal e uma gama de habilidades, necessárias para variar e adequar o seu comportamento. Se as necessidades e motivações de seus funcionários forem diferentes, as mesmas devem, então, serem tratadas de forma diferente. 

Contudo, é fácil dizer que os gerentes devem aplicar a teoria e os resultados de comportamentos no desenvolvimento de suas habilidades diagnósticas, necessárias para maximizar sua eficácia - o difícil é colocar isso em prática.

Existem quatro estágios na aplicação da Liderança Situacional:

1) Direção (baixa maturidade da equipe);
2) Orientação (maturidade moderadamente baixa da equipe);
3) Apoio (maturidade moderadamente alta da equipe).
4) e por último, o estágio de Delegação.

Vamos dar uma breve passada por cada um dos estágios acima, mas antes, vamos alinhar aqui, breve conceito de "direção"  e "apoio ou relacionamento". "Direção" está relacionado à instruções operacionais, tarefas técnicas/administrativas enquanto "apoio/relacionamento" à atitude, interesse e/ou comprometimento.

- Direção: usado diretamente para pessoas com baixa maturidade.
Este perfil é característico de pessoas que não têm a capacidade nem o desejo de assumir a responsabilidade de realizar tarefas. Isso pode ser gerado pela insegurança sobre a competência percebida pela pessoa para a realização da tarefa de forma independente. A pessoa que apresenta esse tipo de maturidade deve ser supervisionado; é por isso que a palavra "direção" é usado para este nível de maturidade. Este estilo é devido ao alto comportamento da tarefa e baixo comportamento de relacionamento ou apoio.

- Orientação: definido para pessoas com maturidade de baixa a moderada; elas são incapazes de fazer o trabalho, mas estão dispostas a assumir a responsabilidade; é uma pessoa que confia na liderança.
Nesse estilo, ainda é dada orientação para que a tarefa seja executada e um pouco de apoio nas questões pertinentes à relacionamento.
O líder usa o estilo "orientação" para fazer com que a equipe adote o comportamento que deseja, isso através de uma comunicação mais aberta, fazendo com que eles se sintam livres para expressar o que estão sentindo em relação à realização da tarefa. Os membros da equipe aceitam melhor a decisão quando entendem sua razão, por essa motivo, o estilo exige que o líder se comporte em uma tarefa alta e um relacionamento elevado. Assim, fica claro que o apoio dado pelo líder ajuda o membro da equipe a adquirir mais segurança, se seu líder favorecer o comportamento de relacionamento, dando ao membro da equipe a oportunidade de conhecer as reações da comunicação e, consequentemente, formando seu próprio conceito, eles se tornarão muito mais seguros em si mesmos.

- Apoio: estilo adequado para seguidores entre maturidade moderada e alta.
Aqui o membro da equipe tem capacidade, mas sua disposição é diminuída por sua falta de segurança em si mesmo quando necessário para assumir a responsabilidade.
A consequência disso é que o líder deve enfatizar o comportamento de relacionamento, mantendo a comunicação aberta para criar uma atmosfera motivadora, transmitindo segurança e, finalmente, desenvolvendo a tarefa. Dessa forma, é possível resumir as características que o colaborador pode apresentar através da correta aplicação desse tipo de estilo de liderança, que são:
a) Fazer com que o funcionário se sinta seguro e
b) Acompanhar a realização da tarefa que ele já sabe realizar.
Ou seja, ele tomará as decisões com o líder, devido à boa comunicação estabelecida. A relação é alta e a tarefa é baixa.

- Delegação: para liderados com alta maturidade, capazes e dispostos.
O líder dará direção e apoio em doses pequenas. O líder identifica o problema e define metas, mas é responsabilidade do colaborador resolver o problema e chegar à meta definida - ele decidirá como e quando fazê-lo para obter um resultado acordado.

Desta forma, podemos resumir os estilos de liderança mencionados, da seguinte forma:
Estilo 1: O líder dirige seu empregado. O líder fornece instruções específicas e supervisiona rigorosamente o cumprimento de tarefas.
Estilo 2: O líder treina antes de exigir. O líder continua a direcionar e supervisionar tarefas, mas também explica as decisões e incentiva o desenvolvimento.
Estilo 3: O líder apoia as decisões. O líder facilita e apoia os esforços dos funcionários para realizar tarefas e compartilhar a tomada de decisões com eles.
Estilo 4: O líder delega tarefas ao funcionário. O líder transfere a responsabilidade pela tomada de decisão e resolução de problemas aos funcionários.

Portanto, se sua empresa busca conciliar a tarefa a ser executada, concedendo orientação e direção do líder aos colaboradores, o apoio emocional através de um relacionamento adequado e o nível de maturidade dos colaboradores, então a metodologia da Liderança Situacional caberá muito bem no sucesso desta busca.
Se quiseres se aprofundar mais neste assunto, sugiro a leitura da A Teoria (ou Modelo) Situacional de Paul Hersey e Kenneth Blanchard e publicada na obra de ambos, intitulada, “Management of Organization”.



quinta-feira, 14 de maio de 2020

ISO 9001:2015 e a Gestão de Risco - por que tal ênfase?

imagem: ccigris.com.br
Pretendo aqui conjecturar sobre a ênfase dada à Gestão de Risco na norma ISO 9001 em sua versão 2015. Por que desta importância?

Bem, um breve entendimento sobre o gerenciamento de riscos, é a de que este seja um processo pelo qual as empresas identificam medidas, priorizam e mitigam o efeito adverso de incertezas.
Assim, o gerenciamento de riscos é uma abordagem sistemática para aliviar conseqüência negativa de qualquer fenômeno específico.

A aversão ao risco pode ser um comportamento individualista, mas nos negócios, é impossível evitar todo e qualquer tipo de risco. Além do mais, em muitas circunstâncias, uma exposição maior ao risco pode trazer oportunidades de ganhos e consequente vantagem competitiva, se essa exposição for conhecida e devidamente gerenciada. Portanto, as empresas precisam ser inteligentes o suficiente para gerenciar seus riscos não apenas para aproveitar os benefícios, mas também para sobreviver nos negócios.

Pode-se diferenciar entre duas tratativas a gestão de riscos - a tradicional e o gerenciamento total de riscos. O gerenciamento tradicional de riscos gerencia o tratamento sem considerar o efeito de compensação da oportunidade. Ao contrário do gerenciamento tradicional de riscos, o gerenciamento total de riscos lida com possíveis desvantagens e exploração de oportunidades devido a fenômenos dinâmicos. Portanto, neste sentido, é possível definir o gerenciamento de riscos como um método sistemático e prático que tenta entender, medir, avaliar e gerenciar riscos inteiros enfrentados pela empresa.

Embora o tópico de gerenciamento de riscos seja uma questão importante entre os executivos corporativos ainda hoje se percebe uma escassez de estudos sobre a relação entre desempenho da empresa e gerenciamento total de riscos. Por outro lado, a maioria dos artigos na área de gerenciamento de riscos concentra-se em medir a eficácia de diferentes sistemas de gerenciamento de riscos e isso pode levar a ver o gerenciamento de riscos como um fim por si só, em vez de tomá-lo como um meio para atingir altos níveis de desempenho corporativo.

O Conceito de gestão de riscos
Nas últimas décadas, a dinamicidade e complexidade do ambiente de negócios colocaram a questão do gerenciamento de riscos como uma das principais preocupações das partes interessadas. Desta forma, o gerenciamento de riscos é uma disciplina que vem crescendo muito em importância e interesse. Por quê? Porque o gerenciamento de riscos é um método eficaz, aplicado, por um lado, para aliviar os efeitos indesejados nas exposições e, por outro, para obter o benefício ideal nas situações de risco. O mesmo, se mostrando eficaz, provê uma garantia razoável quanto à consecução dos objetivos da empresa, desta forma, ajudando-a a atingir suas metas de negócio.

O gerenciamento eficaz de riscos decorre da execução de avaliações contínuas, da identificação de riscos e da redução de surpresas que possam afetar a organização e, portanto, deve ser parte integrante da boa governança organizacional.
Também inclui fornecer aos executivos e ao pessoal em diferentes níveis da organização, de maneira sistêmica e regular, informações relevantes e confiáveis, estabelecendo uma base sólida para tomada de decisões estratégicas e operacionais.

No entanto, o objetivo do gerenciamento de riscos não se limita apenas a minimizar riscos e situações de risco. Pelo contrário, tendo em mente que os negócios estão sempre associados a exposições, o objetivo de um gerenciamento de riscos eficaz é também manter o equilíbrio entre risco e retorno. Isso permite que o processo de gerenciamento de riscos seja defensivo e ofensivo. Portanto, ele precisa estar entre os principais objetivos estratégicos corporativos e deve ser preocupação permanente dos gerentes em equilibrar riscos e oportunidades associados a riscos.

Gerenciamento de riscos e desempenho da empresa
Um sistema de gerenciamento de riscos eficaz e integrado deve, necessariamente, melhorar o desempenho da empresa.  A implementação da gestão de risco numa organização se faz necessária pelos motivos já mencionados, mas exige mobilização de recursos para tal e, obviamente, a empresa espera obter melhoria significativa em seu desempenho, resultante desta gestão.

O gerenciamento eficaz de riscos aprimora o entendimento da empresa sobre as exposições que desafiam potencialmente a mesma e deve tratar o risco também como uma oportunidade potencial e não apenas como uma ameaça.
Assim, integrado e eficaz, espera-se que o gerenciamento de riscos apoie uma boa tomada de decisão, que finalmente levará à melhora do desempenho da empresa, através do equilíbrio da troca entre risco e retorno esperado.

Quanto melhor a organização entende seus riscos inerentes, melhor será a confiança que se  desenvolverá na busca de  oportunidades, melhorar-se-á a responsabilidade entre as partes interessadas, aumentar-se-á a eficácia de governança corporativa, tudo isso juntos,  levando a ganhar vantagens competitivas estratégicas.

Como sua empresa vem aplicando a gestão de risco? Tradicional ou total e integrada? Pode-se perceber os benefícios que a gestão de risco traz para o negócio ou a mesma está sendo usada somente para atender ao requisito da norma de sistema da qualidade?

Considere!



terça-feira, 12 de maio de 2020

Aplicação de Big Data como uma ferramenta de melhoria contínua na manufatura

imagem: revistacobertura.com.br

Um dos desafios mais importantes na manufatura é a melhoria contínua dos processos, que requer novas idéias sobre o comportamento / controle de qualidade dos mesmos, a fim de entender o potencial de otimização / melhoria que devem ser aproveitadas.

Uma abordagem, dentre muitas, que abre caminho para uma nova geração de ferramentas de gerenciamento da qualidade se baseia em análises Big Data, o qual ampliará o controle estatístico tradicional do processo e capacitará, por exemplo, o Lean Six Sigma através do processamento de uma grande quantidade de dados.

Devido à mudança dinâmica do ambiente de negócios e ao aumento permanente da concorrência, um dos desafios mais importantes na fabricação atualmente é a melhoria contínua do processo, definida como uma atividade contínua que visa melhorá-lo, asim como, seus produtos e serviços, através de mudanças sustentáveis, ​​durante um período de tempo.

A maioria das estratégias de melhoria contínua incorpora o princípio Lean Six Sigma, que é uma combinação de técnicas e ferramentas das metodologias Six Sigma e do Lean Enterprise. A metodologia Six Sigma baseia-se no conceito de que uma "variação de processo" pode ser reduzida usando-se ferramentas estatísticas. O objetivo do Lean é identificar e eliminar etapas não essenciais e sem valor agregado em um processo de negócios para otimizar a produção, melhorar a qualidade e, por conseguinte, ganhar a fidelidade do cliente.

Os profissionais do Lean Six Sigma vêm aprimorando os processos há anos através da análise estatística dos dados do processo, a fim de identificar os parâmetros críticos e as variáveis ​​que têm maior impacto no desempenho de um fluxo de valor e controlar suas variações. No entanto, a principal restrição é a complexidade dos cálculos estatísticos que devem ser aplicados nos (grandes) conjuntos de dados. Um exemplo bem conhecido é a análise estatística multivariada. As técnicas padrão de gráficos de controle de qualidade (por exemplo, gráficos Shewhart, gráficos X-bar e R, etc.) são aplicáveis ​​apenas a variáveis ​​únicas e não podem ser aplicadas a processos de produção modernos com centenas de variáveis ​​importantes que precisam ser monitoradas.
De fato, a diversidade de tecnologias de medição de processo, desde sensores de processo convencionais até imagens, vídeos, e tecnologias de medição indireta combinaram a variedade, o volume e a complexidade dos dados do processo disponíveis as quais devem ser tratadas para gerarem informações gerenciais e de controle, para tomada de decisões de cunho preventivo, no tempo certo e, por consequência, de menor custo.

Tradicionalmente, os dados são compactados e arquivados para manutenção de registros e recuperados apenas para uso em análises de emergência na ocorrência de um fato, em vez de serem utilizados de maneira sistemática no processo de tomada de decisão.

Então, é oportuno pensar-se numa nova abordagem de Big Data para aprimoramento contínuo do processo que explora as vantagens acima mencionadas para permitir melhor entendimento da natureza (dinâmica) de um processo e impulsionar inovações nos mesmos.

Realizando análises de Big Data nos dados do processo, pode-se modelar o que é comum / normal por um período selecionado e verificar as variações desse modelo em tempo real (conforme o Six Sigma). Além disso, esses modelos orientados a dados, podem suportar a análise de causa raiz que deve fornecer informações sobre o que pode ser eliminado como desperdício no processo (conforme o Lean exige).

Apresar de tudo, mesmo com uma grande variedade e volume de dados já mencionados, as análises devem assegurar que:
a) sejam robustas - lidando eficientemente com as diferenças e
b) escaláveis ​​- realizadas de maneira extremamente paralela.

Alguns desafios para análise de grandes volumes de dados para melhoria do processo


Em poucas palavras, a melhoria de um processo é a compreensão da natureza deste - ou seja, qual é o seu comportamento normal / usual?
No entanto, o ritmo das mudanças está aumentando continuamente e introduz novos desafios computacionais para a melhoria contínua do processo.

Existem duas questões principais que desafiam a abordagem tradicional do Lean Six Sigma para a melhoria contínua: i) a quantidade de parâmetros que podem ser medidos em um processo e o tamanho correspondente dos dados a serem analisados ​​estão explodindo e ii) as variações do processo não podem ser verificadas em relação às regras predefinidas (especializadas) - a dinâmica do contexto do processo exige a alteração das regras a serem aplicadas.

 Portanto, a detecção de variações não é mais a questão de otimizar as fórmulas estatísticas, mas o desafio de definir o que é "normal / usual" no ambiente de negócios em mudança dinâmica. É aqui que o Big Data entra em jogo:
- por ser inerentemente orientado a dados, o processamento de dados de manufatura por Big Bata é capaz de gerar modelos válidos de comportamento do processo.
- Por ser muito escalável, o processamento de Big Data é capaz de trabalhar em espaços de interesse de alta dimensão com baixa latência,
- Usando aprendizado não supervisionado, o processamento de Big Data pode melhorar / adaptar continuamente os desempenhos da tarefa subjacente.

Em sua empresa, já se pensa estrategicamente na implementação e uso de análises de dados não supervisionada, ou seja, o agrupamento de Big Data  para detecção das variações dos processos de fabricação, como uma ferramenta de melhoria contínua dos mesmos? Se esse tópico ainda não faz parte de sua estratégia, sugiro que passe a considerá-la, tão logo quanto possível.

Quando sua empresa iniciar um processo para desenvolvimento de Biga Data dentro de sua estratégia de produção, não se esqueça de levar em conta três requisitos básicos que devem ser atendidos para a detecção de anomalias:
- Precisão: como definir o que é semelhante (métricas) - o que é usual,
- Interpretação: como entender por que algo não é semelhante - por que é incomum,
- Escalabilidade: como garantir que, em se usando o máximo possível de dados, os resultados do processamento sejam calculados o mais rápido possível.
 




segunda-feira, 11 de maio de 2020

Prognoses com o advento do Big Data na industria 4.0

imagem: atech.com.br
Nos tempos atuais, a análise de causa raiz e o diagnóstico tem uma relevância muito grande no que tange ao Monitoramento dos Processos Industriais (MPI) e, no conceito da Industria 4.0, existem diversas propostas de abordagens para expandir o MPI para uma nova e importante dimensão de monitoramento: a ênfase no prognóstico, ao invés do conceito de detecção.
Algumas perspectivas já são percebidas nesse sentido, incluindo a forte interação dos departamentos de Processo e de Manutenção, até então gerenciados como silos separados.


Tema deste artigo: no futuro próximo, o prognóstico.

Assim que as soluções e metodologias para detecção e diagnóstico se estabilizarem e estiverem plenamente acessível aos proprietários do processo, o próximo estágio lógico da evolução  do Monitoramento dos Processos Industriais (MPI) se dará através de uma nova integração na dimensão preditiva: o prognóstico de falhas.

O conhecimento sobre a evolução do risco operacional ao longo do tempo é um ativo altamente valioso e estratégico, no sentido de permitir um melhor planejamento das operações de manutenção e de paradas, minimizando as perdas de produção, enquanto assegura a segurança das pessoas e dos equipamentos. Os benefícios econômicos facilmente percebidos seriam o de um eficiente gerenciamento simultâneo das metas do processo e do risco operacional.

Mas como isso pode ser alcançado na prática? Existem algumas oportunidades à frente que podem tornar esse empreendimento realidade.

Em seguida, consideração sobre possível rota para enfrentar esse desafio.

Com o surgimento da Indústria 4.0 e do Big Data, dados estruturados e não estruturados estão se  tornando cada vez mais disponíveis a partir de todos os pontos do processo. Os bancos de dados de qualidade de processos e produtos já foram integrados no passado para desenvolver abordagens preditivas de monitoramento, controle e otimização. Sensores flexíveis e modelos inferenciais são exemplos de ferramentas usadas neste contexto.

No entanto, há um banco de dados que foi amplamente ignorado pela maioria dos desenvolvedores orientados a processos: o banco de dados do departamento de manutenção. Esse recurso acumula falhas de todos os equipamentos da planta e, uma conjectura razoável nesse contexto, seria de que o comportamento de falha do equipamento pode, muito provavelmente, estar relacionado às condições a que foram submetidos durante o serviço.

Portanto, cruzando bancos de dados de processo e de manutenção, informações críticas podem ser obtidas sobre o efeito das condições de operação na confiabilidade dos sistemas, o que pode finalmente, trazer insights para a melhoria do processo e uma nova dimensão preditiva para o gerenciamento de riscos operacionais. 

O prognóstico pode parecer uma contradição quando analisado sob a estrutura da sistematização de variações de "causa comum" / "causa especial" de Shewhart, onde causas especiais são imprevisíveis por natureza. Na perspectiva de Shewhart, bem como na do controle estatístico de processo (CEP) convencional, a comunidade de Monitoramento de Processos fica focada na “Integridade de Processos”. No entanto, o prognóstico está intimamente relacionado à “saúde do equipamento” - a evolução do desempenho do equipamento ao longo do tempo - com base nas inferências que podem ser feitas sobre a eficácia operacional e a taxa de falhas.

Assim, o prognóstico se beneficiará de uma aproximação do PMI e de disciplinas como Confiabilidade e Manutenção, uma interação até aqui, pouca explorada, mas que ainda tem muito a oferecer nos próximos tempos.

A mencionada integração do MPI e a Confiabilidade e Manutenção do equipamento será benéfica não apenas no processo de monitoramento, mas também (e muito importante) do ponto de vista da criação das condições para otimizar globalmente as unidades de processo, levando em consideração metas orientadas a processos (produção, produtividade, seletividade, qualidade do produto) e métricas de confiabilidade (tempo de serviço, tempo de inatividade, tempo entre falhas, taxa de falhas).

Ambos, MPI e a Confiabilidade e Manutenção dos Equipamentos têm um impacto decisivo no desempenho global da empresa e não devem, portanto, serem tratado como silos separados (como se pode ver ainda hoje), com fluxos de trabalho e de análises independentes e sem sobreposição.

terça-feira, 5 de maio de 2020

Tecnologia Blockchain como fator de sucesso e segurança de informação da manufatura digital

Imagem de cienciaedados.com

Ser capaz de acessar e alavancar os vários fluxos de dados comuns no aumento de ambientes digitais é crucial para os fabricantes. Afinal, o acesso à produção, cadeia de suprimentos e dados do cliente permite que os fabricantes melhorem os rendimentos, aumentem os níveis de eficiência e capitalizem novas oportunidades de fabricação, incluindo personalização em massa.

O compartilhamento desses dados com segurança entre várias partes permite que os fabricantes automatizem e, portanto, dimensionem essas opções de tratamento. Com a IoT (Internet das Coisas), existe a oportunidade de se automatizar esse processo - da máquina que captura dados do cliente às instalações de produção, permitindo uma economia significativa de custos. Porém, a segurança e a precisão dos dados são fundamentais para criar uma solução totalmente automatizada.

Outro exemplo envolve rendimentos de produção nas instalações de fabricação. Para determinar e melhorar o rendimento da produção, os fabricantes precisam considerar vários fatores, como componentes, ambiente e processos, o que geralmente exige a obtenção de dados de várias fontes e sensores em toda a área de fabricação.

As soluções tradicionais de segurança de fabricação geralmente enfatizam a segmentação e a segurança da rede, juntamente com a detecção de intrusões. Essas são formas válidas de segurança, mas elas não fornecem por si só a base para projetos de transformação digital. Os fabricantes precisam de controle granular até o nível de máquinas individuais e fluxos de dados individuais, para que o compartilhamento, a multilocação e a cooperação multilateral em tempo real possam ser ativados, com segurança.

Uma opção para solução de segurança cibernética é o uso da tecnologia blockchain, reforçando a segurança de dados à prova de violações para ambientes industriais, resultando em autenticidade, integridade e privacidade conforme os dados se movem entre aplicativos, máquinas, locais ou até organizações.

A abordagem blockchain garante a autenticidade dos dados, garantindo a fonte de origem dos dados, a integridade, assegurando que o conteúdo dos dados não foi alterado e a privacidade, garantindo apenas o acesso autorizado. Os principais componentes incluem:

  •     Hash digital, assinando e criptografando os dados na fonte;
  •     Armazenando os metadados de segurança na malha;
  •     Replicar os metadados para todos os locais que consomem dados;
  •     Permitir que todo usuário de dados autorizado verifique a autenticidade e integridade dos   dados e
  •     Entrega de compartilhamento de dados granular e aplicação de gerenciamento de acesso sob o controle de políticas definidas por cada produtor de dados.

Deve-se assegurar oportunidades para trabalho remoto seguro e cooperação remota entre várias organizações industriais, incluindo vários níveis de controle aprimorado. Essa proteção universal permite que as empresas criem novas receitas com os ativos existentes, adotem novas tecnologias, aumentem a eficiência operacional, capitalizem novas oportunidades de mercado, melhorem a segurança e reduzam o impacto ambiental.

Amâncio
Consultor e CEO na Amancio Quality Consulting
http://bit.ly/Site_AmancioQualityConsulting

Investimento em tecnologias digitais é apenas uma parte de um contexto maior de uma empresa

imagem de Intelligencepartner.com
A capacidade de alavancar estrategicamente a tecnologia é fundamental para as empresas que planejam fazer sua transição com sucesso, transformando-se numa organização digital. No entanto, tirar o máximo proveito da tecnologia emergente é mais difícil do que parece no papel. Afinal, requer mudanças significativas.

Existem três tendências principais - cada uma desempenhando um papel fundamental em ajudar as empresas a encontrarem sua base na economia digital:
  • entender novas oportunidades
  • adotar novas ferramentas e 
  • avançar progressivamente nas mudanças.
As oportunidades identificadas incluem:
  • alavancar a IoT (Internet das Coisas), a IA (Inteligência Artificial) e o aprendizado de máquina (Machine Learning) como um meio de desbloquear novas eficiências para os negócios e os clientes
  • gerenciar e usar de maneira mais eficiente grandes quantidades de dados, principalmente porque os novos sistemas conectados estão coletando mais dados do que nunca
  • e enfrentar os principais desafios na incorporação de novas maneiras de trabalhar em suas organizações, incluindo como a tecnologia de realidade mista pode ajudar a aumentar o envolvimento dos funcionários e a eficiência do treinamento.
Ao se concentrar nas informações orientadas por dados, os líderes de manufatura podem perseguir as prioridades sem perder tempo, recursos ou oportunidades.

No entanto, isso não significa que as empresas possam ignorar a experiência e o feedback de seus funcionários. A mudança é difícil e os funcionários estão na linha de frente desses esforços. Colocar sua organização na vanguarda das mais recentes oportunidades e ferramentas pode inspirar o sucesso dos funcionários e suas experiências e comentários garantirão uma implementação perfeita. Considere!

Você concorda que para o sucesso na implantação de uma nova maneira de se trabalhar, deva-se promover um envolvimento intensivo das equipes para o sucesso na transformação digital de uma empresa? Comente......

Amâncio
Consultor e CEO na Amancio Quality Consulting
http://bit.ly/Site_AmancioQualityConsulting